Não quero escrever sobre isso. Ping.... mas a tristeza tá aí.
Jurei pra mim mesma. Pong.... olha, ela voltou.
Não vou deixá-la ficar. Ping.... ela vem chegando.
Manhosa e sorrateira. Pong... tomar seu lugar.
domingo, 5 de outubro de 2014
Tristeza Ping-pong
Giz
Riscos de giz no chão.
Sobre o chão.
Rosa, azul, amarelo.
Traços e relevos.
Revelam a infância, a memória.
O sol bate.
Me aquece. O coração. A pele.
Os olhos e aqueles riscos.
Todos os riscos do mundo e da minha vida.
Todos os riscos tomados.
E revelados.
sábado, 10 de maio de 2014
7 dias de maio
Não pára de chover lá fora. Aqui dentro também não.
Incapaz.
O sol não veio.
Sem pernas, sem braços, sem mãos.
Só ouvidos.
Ruído longe.
Cor amarela. Pálida.
Insuficiência.
Boca amarga.
Tudo me toca.
O mundo está frio.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Casa do preto
Na casa do preto
Vestido pendurado
Elefante na parede
Espelho até o teto, televisor velho.
Papéis, pinturas, memórias
Na parede
Colados
Vestidos e roupas pendurados
Ciganagem.
Andarilho
Pé no chão
Móveis velhos
Imóveis, poeira
Casa do preto, minha casa
Tudo igual, tudo casa
Pedacinho de mim
Pedacinho do mar e do lar.
Poeirinha branca, navega entre gatos
Felinos e pratos
Pretos
Livros e cores
Artesanato, feito
Casa de preto
Casa de alguém, que lutou
E quer mudar o mundo.
Casa pra casa
Que tá lá no fundo.
No fundo somos todos iguais.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Ar-anjo
Um anjo fantasiado de bruxa. Maquiado, lápis nos olhos, negros. Por debaixo, cílios delicados e marcantes, pupila negra, iris mel.
Pura, saliva pura, intocada. Se protege do mal com máscaras e ferro.
Mas por debaixo, por dentro, todo o sol, a infância, a pele pura, um sorriso lindo, um riso, um olhar doce e asas. De anjo.
Fantasiado ele vai, bruxa, dragão, touro com seus chifres e olhar que mata. Um cabelo de louca.
Os cachos.
De anjo.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Tanta
Anos de vida passados em cinza. E era tudo tão colorido!
A juventude ainda existe, aqui dentro de mim. Todas as cores e belezas.
Voltei pra vida. Até que enfim!